O mercado de arrendamento está cada vez mais caro. E é, sobretudo, nos grandes centros urbanos junto ao litoral onde as rendas das casas são mais elevadas. É, por isso, que na hora de arrendar casa importa olhar bem para os preços medianos praticados em cada município do nosso país, tal como mostra o mapa preparado pelo idealista/news. A boa notícia é que, em pelo menos 166 concelhos, é possível arrendar casa a um preço inferior à mediana nacional, de 6,52 euros/m2, registada em 2022, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Vem daí descobrir quais são os 10 municípios mais baratos para arrendar casa em Portugal. E fica a conhecer ainda qual é a renda mediana registada no concelho onde resides.
Arrendar casa em Portugal está cada vez mais caro. É precisamente isso que espelham os dados do INE publicados no dia 29 de março: as rendas medianas subiram 23% entre 2019 e 2022, fixando-se em 6,52 euros/m2 tendo em conta os 92.664 novos contratos de arrendamento assinados nos últimos 12 meses terminados em dezembro de 2022. Apesar de os preços das casas para arrendar estarem cada vez mais altos, as famílias estão a arrendar mais casas em Portugal – número de novos contratos aumentou 24% entre 2019 e 2022.
Como seria de esperar, as famílias procuram casas para arrendar, sobretudo, nos grandes centros urbanos, como Lisboa, Porto, Braga, Viseu, Coimbra ou Leiria, já que é aqui que é fechado o maior número de novos contratos de arrendamento. Mas há também cada vez mais famílias a procurar casas nas periferias dos grandes centros urbanos (por serem maiores e até mais baratas) e até no campo, uma tendência acelerada pela pandemia da Covid-19, que mostrou a importância de viver em harmonia com a natureza.
O mapa de Portugal que espelha onde é mais caro e mais barato arrendar casa não deixa margem para dúvidas: os rendas das casas tendem a descer à medida em que nos afastamos dos centros urbanos e nos aproximamos do interior. Fica a conhecer neste mapa preparado pelo idealista/news – que tem dados disponíveis para 203 municípios num universo de 308 – qual é a renda mediana registada no teu município no segundo semestre de 2022 (últimos 12 meses).
Estes são os 10 municípios onde é mais barato arrendar casa
É o município de Belmonte, no distrito de Castelo Branco, que possui as rendas das casas mais baixas de todas. Aqui, arrendar casa custou 2,45 euros/m2 em termos medianos no segundo semestre de 2022 (últimos 12 meses). Isto significa que arrendar uma casa de 100 metros quadrados (m2) custou, em termos medianos, 245 euros por mês neste concelho.
Logo a seguir está o concelho de Celorico de Basto, situado no distrito de Braga, e Castro Daire (Viseu), onde as rendas medianas se situaram em 2,49 euros/m2 (em ambos os casos). Ou seja, nestes municípios é possível arrendar uma habitação de 100 m2 por menos de 250 euros/mês.
A lista continua com o município de Melgaço, em Viana do Castelo, onde arrendar casa custou 2,58 euros/m2. E ainda com Valpaços, em Vila Real, a apresentar uma renda mediana de 2,59 euros.
Quais são os 10 municípios onde é mais caro arrendar casa?
É, sobretudo, no litoral do país que o verde escurece, com destaque para os municípios do Algarve e das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. Contam-se, em concreto, 37 municípios que apresentaram rendas acima da mediana nacional (6,52 euros/m2) no segundo semestre de 2022 (últimos 12 meses).
Sem surpresa, foi Lisboa que registou o valor mais elevado de todos (12,88 euros/m2). Portanto, arrendar uma habitação de 100 m2 na capital custou, em termos medianos, 1.288 euros por mês. Em segundo lugar está Cascais (12,58 euros/m2), onde arrendar casa de 100 m2 tinha o custo mediano de 1.258 euros, revelam os dados do INE. Oeiras ocupa o terceiro lugar (11,36 euros/m2).
O município do Porto aparece na quarta posição da lista que reúne os 10 municípios onde é mais caro arrendar casa no nosso país. Na Invicta, arrendar uma casa de 100 m2 teve o custo mediano de 998 euros/mês (9,98 euros/m2) em 2022.
Neste ranking, a maioria dos municípios (7 em 10) pertence à Grande Lisboa. As únicas exceções são Porto e Matosinhos, que se inserem no Grande Porto, e Lagos, que se situa no Algarve.
FONTE: Este conteúdo foi originalmente publicado pelo portal imobiliário Idealista.
