Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pela comunicação social brasileira sobre a legislação portuguesa no fim de uma sessão comemorativa do centenário da travessia aérea do Atlântico Sul, no 1.º Distrito Naval, no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Na resposta, o chefe de Estado realçou que Portugal já “permitiu até a mais uma geração adquirir a nacionalidade portuguesa” e que “também agora o brasileiro tem hipóteses mais amplas para poder ter a residência, poder ter os seus documentos formais e poder, por isso, circular na Europa”.
“Vai entrar em vigor o novo visto para procurar trabalho, muito, muito brevemente”, adiantou.
Depois, num discurso no consulado geral português, no Palácio de São Clemente, em Botafogo, perante convidados portugueses e brasileiros, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que se está a assistir nos últimos anos em Portugal à “primeira grande, para não dizer a única, vaga com esta dimensão brasileira”.
“Ultrapassa tudo o que podíamos ter imaginado e reforça o que é fundamental, que é a presença dos povos. As pátrias constroem-se pelas suas lideranças, mas sobretudo pelos seus povos”, considerou.
O chefe de Estado acrescentou que “são os povos que afirmam a sua presença na criação da riqueza, na distribuição da riqueza, no cultivar a língua que nos é comum” e que, “quando os povos decidem, estão a decidir pelas pátrias”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “o povo português decidiu, ao longo dos séculos, não apenas amar o Brasil, mas fazer do Brasil uma prioridade nacional”, e o povo brasileiro está a fazer também “de Portugal uma prioridade nacional”, o que “é muito importante”.
O Presidente da República referiu que a “fortíssima comunidade brasileira” em Portugal, “uma comunidade que galopa”, é composta por mais de 200 mil pessoas, “a caminho dos 250 mil em breve”, que “se entrosa tão bem” entre os “dez milhões de portugueses”.
“Chegam todos os dias, chegam todas as semanas, chegam todos os meses, e para todo o território português, não é só Lisboa ou Porto, são outras grandes cidades, Braga, Viseu, Aveiro, transversalmente atravessando a sociedade portuguesa, regiões autónomas dos Açores e da Madeira”, prosseguiu.
Marcelo Rebelo de Sousa observou que “isto é muito novo e muito diferente” e que “muitos se não dão conta” desta realidade.
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