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Os dez carros elétricos mais baratos em Portugal

maio 13 2023

A subida exponencial das vendas deste tipo de automóvel está intimamente relacionado com o aparecimento de novos modelos, e mesmo novas marcas, e uma baixa de preço significativa relativamente à oferta de há um ou dois anos. De qualquer forma, ainda não está ao alcance do bolso de qualquer português para comprar este tipo de veículo.
Cada vez mais são os que acreditam que os carros elétricos são o futuro da tecnologia automóvel, num mundo que começa a ter consciência da necessidade de apostar numa mobilidade sustentável. No entanto, não é só vantagens. Veja os prós e contras dos elétricos, bem como ranking dos mais baratos em Portugal.

Vantagens

1- Respeito pelo meio ambiente
Os carros elétricos são bem conhecidos por não emitir gases poluentes e de efeito estufa na atmosfera. São veículos que não necessitam de nenhum tipo de combustível para funcionar, pois basta carregar as baterias.

2- Pouco barulhentos
Raramente se afirma que a poluição sonora é um dos grandes problemas das cidades. Mas, neste caso, o carro elétrico é bem menos barulhento que a gasolina ou gasóleo, o que é uma vantagem a mais para quem está mais atento à qualidade de vida nas grandes cidades.

3- Manutenção mais barata
Comparativamente aos veículos a combustível tradicionais, os carros elétricos são mais baratos de manter, uma vez que, com uma mecânica menos complicada, sofrem menos avarias. Ao compará-los em termos de custos de consumo, os carros elétricos também apresentam mais vantagens do que os carros a gasolina ou gasóleo. O consumo é muito inferior, cerca de 1 euro aos 100 quilómetros, uma grande diferença face ao aumento do preço dos combustíveis tradicionais.

4 -Mais eficiência, menor consumo e maior economia
As principais vantagens que catapultam o carro elétrico para a melhor alternativa atual do mercado são a sua fiabilidade (o seu motor simples evita avarias graves), o seu baixo consumo (é mais rentável tanto no pagamento de impostos como na condução diária) e a sua posição vantajosa em relação às políticas ambientais atuais.

Desvantagens

1- Pouca autonomia
É, talvez, a maior desvantagem desse tipo de veículo em relação aos híbridos e aos de combustão. Apesar de terem melhorado bastante, a bateria dos veículos elétricos só consegue percorrer um determinado número de quilómetros – de 150 a cerca de 600 quilómetros, depende do veículo. Além disso, o carro precisa de algum tempo para carregar a bateria, portanto não pode ser usado imediatamente como veículos a gasolina ou gasóleo.

2- Rede de pontos de carregamento
É um dos principais problemas que os consumidores enfrentam, já que a Portugal é um dos países com menos pontos de carregamento em toda a União Europeia, embora este seja uma situação que está a mudar rapidamente. Os pontos de carregamento estão geralmente localizados em estações de serviço ou em determinados locais, como supermercados ou centros comerciais, mas mesmo assim, às vezes, é difícil encontrá-los.

3- Menos controlo na condução
Um carro elétrico, para os adeptos da velocidade e habituados a conduzir com mudanças, é menos atrativo. Mas a velocidade de arranque é maior na maioria dos carros elétricos do que nos motores convencionais. Mas não convém abusar porque a autonomia da bateria baixa drasticamente.

4- Alto preço das baterias
Embora esta classe de veículos se caracterize pela sua elevada funcionalidade e fiabilidade, um dos problemas dos carros elétricos é que as baterias são elementos muito caros. Em caso de avaria, prepare-se para pagar milhares de euros. Uma bateria dura em média entre 7 e 10 anos, por isso é um gasto a ter em conta.

5- Também poluem
Embora seja verdade que são os veículos que menos poluem, com zero emissões, a energia elétrica que utilizam, e a consequente produção a montante, poluem. Ainda assim, os carros elétricos nunca chegarão ao nível de poluição dos carros com motor de combustão, mas ainda não são 100% ecológicos.

Os dez carros elétricos mais baratos em Portugal

1- Dacia Spring // 20.400 euros (autonomia 170 km)
Quando a Dacia anunciou pela primeira vez o Spring Electric como um conceito em março do ano passado, afirmou que seria o veículo totalmente elétrico mais acessível da Europa. E está a cumprir essa promessa, porque, os preços começam nos 20.400 euros. O Spring é elétrico mas as suas performances não entusiasmam. Combina uma bateria de 27,4 kWh com um motor elétrico de 44 cavalos. Sim, só 44 cavalos para uma autonomia de 170 quilómetros. É o bastante para um carro urbano barato? Sim, porque a sua velocidade máxima é de apenas 125 km/h e leva uns glaciais 19,1 segundos para ir de 0 aos 100 km/h.

2- Smart Fortwo EQ Passion // 23.845 euros (autonomia 130 km)
A melhor forma de desfrutar de um carro elétrico é na cidade. O melhor carro da cidade tem de ser minúsculo. Portanto, se pensa assim, a melhor opção é o Smart Fortwo. Quando a Mercedes e a Swatch se uniram para produzir este carro de dois lugares, há 25 anos, já tinham em mente uma versão elétrica, mas na altura, as baterias não estavam à altura. Mesmo assim, houve versões elétricas de todas as três gerações do Fortwo, tornando-o o primeiro carro elétrico a ser vendido na Europa. Quanto ao seu desempenho, não restam dúvidas que oferece uma condução urbana elegante e suave. O seu motor de 82 cavalos é mais do que suficiente para uma bateria de 17,2kWh. Mas, sendo minúsculo, o Smart consegue durar mais com pouca energia. O alcance do WLTP é de 130 km. Pode não parecer muito, mas dá para a condução diária na cidade e carregar durante a noite.

3- Renault Twingo // 27.019 euros (autonomia 130 km)
O Twingo ZE usa uma bateria de 22kWh, dando pouco mais de 130 km de autonomia. O elétrico verdadeiramente para a cidade, muito mais silencioso e com acelerações iniciais muito mais rápidas, mas mesmo assim a precisar de 13 segundos para ir dos 0 aos 100Km/h.

4- Fiat 500e // 29.996 euros (autonomia 190 km)
O 500e é pequeno, mas se não precisar de espaço pode ser o seu único carro. Isto porque tem autonomia e capacidade para se conduzir na cidade e nas autoestradas. Com um design elegante e reconhecível porque é igual aos seus irmãos de motores a combustão, o Fiat 500e não quer ser diferente. Mas, com um carro elétrico, ninguém pergunta “o que faz?”, mas sim “até onde chega?”. O 500e vem com uma bateria de 24 ou 42kWh, ambas fornecidas pela Samsung e rebaixadas nos chassis. O suficiente para percorrer 190 kms, o que é bom se for um segundo carro que nunca se aventura para muito longe de casa.

5- MG MG4 // 31.969 euros (autonomia de 350 km)
Na verdade é o primeiro carro elétrico com uma autonomia que se veja e por um preço bastante competitivo. O MG4 é baseado no MSP (Modular Scalable Platform) da empresa-mãe chinesa SAIC e já está à venda na China, onde é chamado de Mulan. O tamanho é praticamente idêntico ao do Volkswagen ID.3. Em termos de design pode não ser de cair o queixo, mas rapidamente nos lembramos do Nissan Leaf e ou até do Kia EV6. Leva pouco mais de meia hora a carregar de 10% a 80%, bem acima da concorrência. Além do ID.3, concorre com os irmãos Peugeot e-208 e Opel Corsa-e, além do Renault Zoe, ou talvez o Megane E-Tech Electric, Mini Electric, Honda e, Nissan Leaf no segmento de carros elétricos pequenos. O MG4 encontrou um nicho entre esse lote e explorou-o de maneira brilhante.

6- Opel Corsa e edition // 34.869 euros (autonomia de 285 km)
Desde que a então PSA comprou a Opel à GM, em 2016, a marca tem sofrido uma evolução para melhor. No caso dos elétricos, este Opel Corsa e tem a mesma base e motores do Peugeot e-208, mas cerca de 1500 euros mais barato. Comparado com o Opel Mokka-e, crossover compacto, a diferença já chega aos cerca de 5500 euros. Em comum, os três compartilham o motor elétrico de 136 cavalos. No Corsa, a autonomia no ciclo WLTP começa nos 285 km.

7- MG ZS Confort // 34.969 euros (autonomia de 270 km)
O MG ZS tem uma bateria que oferece uma autonomia de 270 km, tem espaço para a família, montes de equipamento e uma garantia de sete anos. É um dos mais baratos do mercado, mas o MG MG4 oferece mais autonomia. É bom? É uma versão adaptada do carro a gasolina MG ZS. O que significa que as proporções são um pouco estranhas, mas o facelift da versão elétrica com uma frente própria e a perda da grelha fica um pocuo sem sentido. Já nos interiores, a resposta é mais positiva com um ecrã central de navegação atualizado, conectividade e informações de consumo elétrico. Não é o melhor que existe, mas é consideravelmente melhor do que muitas marcas japonesas, francesas ou alemãs.

8- Renault Zoe Equilibre // 35.150 euros (autonomia de 300 km)
É um líder em matéria de carros elétricos e o mais bem sucedido em termos de vendas em Portugal e na Europa. Este novo Renault Zoe tem interiores melhores, mais sistemas de assistência à condução, um motor mais potente e uma autonomia ainda maior por pouco dinheiro. Se é o suficiente para seduzi-lo perante os rivais mais novos e chamativos, como o Peugeot e-208, isso depende de si. Até a própria Renault está para lançar um rival, ou talvez substituto, chamado Regen 5. Qualquer que seja o futuro do Zoe, o seu lugar de precursor já está garantido.

9- Peugeot e-208 Active // 36.064 euros (autonomia de 285 km)
A versão elétrica do 208 é um carro maduro e completo, mas tem algumas falhas. Por exemplo, não é particularmente espaçoso e não é o melhor citadino elétrico para conduzir, como o Mini Electric ou o Honda e Advance, mas mais caros. O rival Renault Zoe tem uma autonomia maior que o Peugeot, mas é menos espaçoso. Esta é a versão elétrica do 208 e muito parecido com as versões de motor a combustão. Ou seja, parece um 208 normal porque na verdade é um 208 normal. O desempenho, o espaço, e até custos de operação, são bastante semelhantes porque o 208 foi projetado para apresentar uma propulsão elétrica desde o início.

10- Renault Mégane E-tech // 36.750 euros (autonomia de 300 km)
Lançado este ano, a Renault faz a sua ofensiva elétrica no segmento de carros familiares compactos. Entra com um preço agressivo quando comparado com a concorrência, como o Citroën ë-C4, Cupra Born, Kia e-Niro e Volkswagen ID.3, todos mais caros. Ágil na estrada, a lidar com curvas e obstáculos, e com design atrativo, destaca-se pelo equipamento tecnológico. Agradável, o interior apresenta bons materiais e revela uma construção cuidada. Descrito como o primeiro modelo da nova “geração 2.0” de veículos elétricos da Renault, o novo Mégane E-Tech surge com duas motorizações distintas, com 130 cv (96 kW) e 218 cv (160 kW) de potência, assim como com duas dimensões de bateria: de 40 kWh e 60 kWh.

FONTE: Este conteúdo foi originalmente publicado pelo Jornal de Notícias, também conhecido por JN, é um jornal diário português fundado em 1888 no Porto.

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