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Retomada dos voos e insatisfação com governo fazem disparar busca por imóveis em Portugal

set 16 2021

A retomada dos voos de turismo do Brasil fez disparar a procura por imóveis em Portugal.

São investidores que estavam à espera de uma visita às propriedades para concretizar negócios iniciados pela internet ao longo da pandemia de Covid-19.

Também há brasileiros insatisfeitos com o governo e que planejam fazer um reconhecimento dos imóveis e regiões antes da mudança para Portugal.

Uma das principais corretoras da Remax em Lisboa, Eliane Ribeiro é especializada em atender brasileiros. A nacionalidade forma o segundo mercado em número de transações de compra, venda e aluguel até agosto, atrás dos portugueses (veja o gráfico da empresa abaixo). Ela diz que sua caixa de entrada não para.

– É um desejo reprimido. Meu WhatsApp estourou com centenas de mensagens e pedidos. No dia que saiu a decisão (1º de setembro), mais de dez contatos marcaram passagens – disse Ribeiro.

Entre os brasileiros que atende neste momento de reabertura, Ribeiro diz que mais de 100 estão na fase de planejamento para fechar uma decisão até julho de 2022.

– A crise política é um fator fortíssimo. Há insatisfação com o governo nas áreas da Saúde, com as questões das vacinas e do combate à pandemia. Se adicionarmos a insegurança, a procura é multiplicada por dois – contou Ribeiro.

Um casal chegou logo depois da abertura. Oito casais de brasileiros, clientes de Ribeiro, chegariam até ontem para visitar imóveis e preparar a mudança.

É um nicho, segundo ela, de imóveis com preços de €300 mil a €1,5 milhão. Acesso à residência em Portugal com vistos gold está na lista. Mas também há procura por imóveis para alugar.

Além do Rio e São Paulo, chegam brasileiros de Campinas, Manaus, Presidente Prudente e Santa Catarina. Preferem Lisboa, Porto, Algarve (aposentados), Cascais, Oeiras, Mafra, Estoril, Gaia e Matosinhos.

– Querem comprar para investir. Ou já estão de mudança planejada para o próximo ano. São propriedades nas costas, perto do mar, ou pequenas quintas com terreno. Estar longe dos centros do Porto e de Lisboa nem é um problema, contanto que estejam a uma hora do aeroporto ou de boas escolas e universidades para os filhos – revelou Ribeiro.

Este perfil é semelhante ao dos interessados nos empreendimentos do Belas Clube de Campo, na área metropolitana de Lisboa. Em comunicado, a empresa informou que houve aumento de 30% nas pesquisas desde a reabertura:

“Automaticamente, também começamos a receber pedidos de agendamentos de visitas presenciais para dezembro deste ano e janeiro de 2022, período de férias dos brasileiros”.

Em março deste ano, o diretor comercial do Belas, Bruno Martins, já havia dito que seus clientes estavam cansados da política e da situação pandêmica no Brasil. Havia, na ocasião, 150 clientes prontos para viajar assim que os voos fossem retomados.

A hotelaria, um dos setores mais castigados economicamente pela pandemia de covid-19, recebeu mais pedidos de reservas e brasileiros. Na unidade de Lisboa da rede Dom Pedro, a recuperação começa a decolar no momento em que chegam os voos do Brasil, segundo o diretor comercial Pedro Ribeiro.

– Temos tido um aumento de procura do mercado Brasileiro para 2021 e 2022. O brasileiro normalmente é o primeiro mercado do Dom Pedro Lisboa, com cerca de 25% dos quartos ocupados. Neste momento, na previsão dos meses futuros, chega a atingir os 50%. Demonstra que será um forte mercado na recuperação das ocupações do Dom Pedro e da cidade de Lisboa em geral – disse Pedro.

Como boas-vindas aos brasileiros, o hotel oferece 20% de desconto em reservas de diárias feitas pelo site com o código: BRASIL. Para estadias até o fim de 2021.

 

FONTE: Este conteúdo foi originalmente publicado pelo O Globo, um jornal diário de notícias brasileiro, fundado em 29 de julho de 1925 e sediado no Rio de Janeiro.

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