A emigração brasileira para Portugal passou a ser mais qualificada nos últimos anos. Quem defende a tese pode comprovar com os dados que expõem o fluxo da saída de estudantes do Brasil.
Os vistos de estudo predominam para entrada oficial de brasileiros como residentes em Portugal: 53,8% do total em 2018, 54,1% em 2019 e 64,5% em 2020.
A estatística do Observatório das Migrações (OM) leva em conta os 4,8 mil vistos para estudo ou trabalho concedidos em 2020. Exclui o turista que termina por viver em Portugal.
“As razões de entrada em Portugal não são idênticas para todos os fluxos imigratórios. As de estudo predominam nos vistos de residência atribuídos aos nacionais do Brasil”, relatou a OM.
Em 2021, os vistos de estudo superaram as concessões pré-pandemia, como informou o Portugal Giro. Eram 4,1 mil no início de dezembro contra os quatro mil de 2019.
Mesmo com consecutivos atrasos nas emissões, o processo de concessão de residência para estudo costuma andar mais rápido que em outros casos.
A cabeleireira Sônia Gomes espera pela sua autorização de residência há três anos. E conta o tempo que o seu neto levou para obter o visto de estudo no fim de dezembro de 2021.
— Eu estou esperando há três anos e ele chega em Portugal e, no quarto mês, já está legalizado — contou Gomes.
FONTE: Este conteúdo foi originalmente publicado pelo O Globo, um jornal diário de notícias brasileiro, fundado em 29 de julho de 1925 e sediado no Rio de Janeiro.